Ouvidos sedentos de destino
mas a cidade fala toda implosão
torturados por
onibusmotosapitosvendedores
o ralo do rio leva
tudo
e
m
b
o
r
a
e tateio o vento
prédios ásperos de fuligem
ar pesado de umidade
ruídos cortando à facacega
qualquer desejo de miragem
O ralo do rio leva tudo embora
e tateio o vento
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